Eu queria a inspiração de Machado
e a beleza das linhas de Florbela.
A serenidade e calma de Cecília
e o exótico da fala de Clarice.
A simplicidade de Cora, eu queria...
E, ainda, a dicção de Assaré.
Mas na falta de inspiração que em mim ecoa,
apenas ouço as vozes de Pessoa
e o escarro Augusto em minha direção:
limpando a garganta da Poesia
que em breve lançará a sua lava -
queimando e refrigerando.
Toda poesia é estranho vulcão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Dê a sua opinião: